Ex-candidato a governador, deputado distrital por duas vezes e outras três como deputado federal, o petista Geraldo Magela quer voltar às origens de sua carreira política. “Depois de 12 anos no Congresso, quero voltar a ficar mais próximo das pessoas, ajudar a resolver os problemas de todo Distrito Federal, mas novamente na Câmara Legislativa”.
Magela não ficou tanto tempo assim longe do brasiliense porque foi secretário de Habitação no Governo Agnelo, quando implantou assentamentos populacionais como o Jardins Mangueiral, mas, segundo ele, como deputado distrital terá a oportunidade de discutir e decidir temas importantes sobre a ocupação do solo no DF, como o Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT), Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos) e a Lei de Zoneamento, que deverão ser decididas somente a partir de janeiro, quando a Câmara Legislativa terá um novo quadro.
“A Luos é uma das leis mais importantes para o futuro do Distrito Federal e a qualidade de vida da população, e por isso deve ser analisada e decidida com muita responsabilidade e, de preferência, por quem entenda do assunto”, afirma Magela, ao lembrar da sua passagem pela Secretaria de Habitação e nas comissões que discutiram a regularização de condomínios em terras da União, caso de Vicente Pires.
Vida política
Magela foi eleito primeira vez deputado distrital em 1990 e participou da criação da Lei Orgânica do DF. Em 1994, além de ser reeleito, ajudou a eleger o então petista Cristovam Buarque para o Governo do Distrito Federal. Naquela época, Magela era o presidente regional do Partido dos Trabalhadores (PT), partido de Cristovam.
Em 1995, ele assumiu a Presidência da Câmara Legislativa e dentre as ações de sua gestão está a aprovação do Código de Ética e Decoro Parlamentar, uma inovação na casa legislativa. Durante essa legislatura, Magela assumiu o Governo do DF interinamente em viagens do governador Cristovam Buarque.
Em 1997, foi nomeado secretário de Habitação do DF quando criou o Programa de Cooperativas Habitacionais. Em 1998 foi eleito deputado federal. Durante seu primeiro mandato no Congresso Nacional foi considerado um dos principais parlamentares nacionais pelo DIAP (Departamento Intersindical de Assessoramento Parlamentar). Nesta época também foi eleito Presidente da COPA (Confederação Parlamentar das Américas).
Em 2002, foi candidato a governador, protagonizando a disputa mais acirrada e polêmica de toda a história com Joaquim Roriz. Recebeu 49,5% dos votos no segundo turno.
Entre 2006 foi eleito para novo mandato de Deputado Federal. Com isso, assegurou recursos para importantes iniciativas do governo federal, como o programa Minha Casa, Minha Vida e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), além de garantir a elevação do valor das aposentadorias e defender o projeto da Ficha Limpa. Exerceu um dos cargos mais importantes do Congresso Nacional, de relator geral do Orçamento do país.
Magela também foi presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Cultura no Congresso Nacional, além de ser indicado pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) como um dos parlamentares mais atuantes.
Nas eleições de 2010, Geraldo Magela foi reeleito deputado federal com mais de 86 mil votos. Em 2011, assumiu, pela segunda vez, a Secretaria de Estado de Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano do Distrito Federal (Sedhab) com a proposta de implantar uma nova política habitacional na Capital do País.
Em 2014 foi candidato a senador pelo PT, ficando em terceiro lugar na votação.