MAIS UMA QUADRILHA PRESA

Traficantes cooptavam moradores de rua, que roubavam celulares e outros objetos, e trocavam por drogas. Onze pessoas foram presas na operação da 4ª DPv

Segundo o delegado titular da 4ª Delegacia de Polícia do Guará, que investiga o caso, Johnson Kennedy, o grupo era muito bem organizado e tinha até máquina de cartão para quem não tinha dinheiro em espécie para pagar.

O tráfico de drogas no Guará sofreu uma grande baixa nesta quinta-feira, 13 de dezembro, com a prisão de uma quadrilha que atuava na cidade há algum tempo e era responsável por boa parte da droga vendida aos consumidores guaraenses. Durante operação da Polícia civil, foram presas, em flagrante, 11 traficantes e quatro ainda estão foragidas.
As prisões em flagrante foram resultado de nove mandados de busca e apreensão cumpridos na operação “Biqueira”, como foi chamada, em referência a uma bica de água dentro da Reserva Ambiental do Parque do Guará, próxima à QE 9 do Guará I, onde os traficantes se reuniam para distribuir as drogas. Entre os presos está um policial militar reformado.
De acordo com as investigações, o grupo chefiado por dois irmãos operava no comércio de armas de fogo e drogas nas regiões do Guará, Lúcio Costa, SOF Sul e Riacho Fundo.
Além das prisões, houve a apreensão de duas armas de fogo, celulares roubados, drogas, dinheiro, uma farda da Polícia Militar de Goiás e outros bens relacionados à pratica de crimes.

Policial militar envolvido
“A estrutura era bem organizada, com dois líderes responsáveis por negociar compra de drogas até chegar naqueles pequenos traficantes que as trocavam, especialmente maconha e crack, por dinheiro e outros objetos”, explica o delegado. Segundo Johnson Kennedy, moradores de rua e pequenos assaltantes roubavam celulares e outros pertences e corriam para a bica do Parque do Guará e trocavam por droga para revender e consumir. Entre os presos, está o policial reformado da Polícia Militar do DF, Erivaldo Pereira da Silva, que mantinha uma central de distribuição também no Setor de Oficinas sul.
De acordo com o delegado, foram seis meses de apuração, porque sempre que a polícia entrava na mata os traficantes se escondiam em locais onde conheciam bem. “O governo retirou os chacareiros mas não fiscaliza a área, o que abriu mais espaço para os traficantes.
Segundo a corporação, as prisões foram realizadas por crimes como tráfico de entorpecentes, associação para o tráfico, porte ilegal de arma de fogo, receptação de celulares roubados, entre outros.