Artista guaraense realiza exposição em Paris

Com o tema Paris-Brasília, Jeannine Santos une-se à ceramista francesa Caroline de La Porte em exposição até dia 10 de julho, que pode ser acompanhada à distância pelo Instagram da artista

É uma jornada imaginária entre Paris e Brasília. Uma fuga criativa que reúne duas artistas, Jeaninne Santos, desenhista e ex-moradora do Guará,  e Caroline de la Porte, ceramista francesa. O que os une? O amor pela arte, a curiosidade pelo outro e pela sua cultura e a proximidade geográfica: Jeaninne mora em Batignolles, no 17º distrito de Paris,

Caroline realiza sua atividade na rue des Moines, entre Batignolles e Epinettes. Ah, sim, as duas são também grandes sonhadoras que usam de bom grado as fontes do inconsciente em seu processo criativo. A descobrir no atelier loja da ceramista, as cidades alucinantes de Jeaninne revelam mil e um segredos de uma Paris desconhecida e de Brasília, uma cidade futurista com milhares de árvores, nascida nos anos 60 do projeto urbano de Lucio Costa e da arquitetura de Oscar Niemeyer.

A exposição Paris-Brasília também oferece a você a oportunidade de descobrir as novas criações de cerâmica Clp e lindas surpresas nascidas de uma inspiração compartilhada pelas duas criadoras.

Paris, desenho 21,29,7 cm Jeaninne Santos
(2020) Nanquim e café sobre papel.
Brasilia, desenho 21,29,7 cm Jeaninne Santos
(2020) Nanquim e café sobre papel.

Caroline de La Porte, ceramista

Caroline de La Porte abriu seu ateliê-loja em julho de 2018 na 88 rue des Moines, Paris 17e. Seja qual for a técnica de modelagem usada, suas criações em argila – esculturas, peças decorativas únicas ou pequenas séries de objetos do cotidiano – deixam a terra bruta falar, que geralmente é apenas parcialmente esmaltada.

Uma maneira de manter contato com o material original que ela gosta de tocar, sensualidade. Seu estilo é uma mistura de simplicidade e detalhes mais trabalhados. Seja modelagem, em torno ou estampado, o objeto nascido da argila a revela. Singular, o vaso gravado, a caixa de mulher, a taça-pássaro ou as esculturas contam suas viagens interiores ou as dos artistas que nutrem sua imaginação. Ou ainda suas andanças

 

 

Paris-Brasilia. Dessin 21×29,7 cm Jeaninne Santos. Nanquim e vinho. Técnica Mixta.

 

Jeaninne Santos, artista plástica

O Surrealismo, as histórias de um bairro onde vagueia o fantasma de Mallarme, as civilizações que constroem cidades em seu corpo e em seus cabelos … Influenciada em sua arte e em sua vida pelo passado, principalmente artística, Jeaninne Santos é uma jovem com dupla identidade. O sotaque cantado de seu Brasil natal e os olhos risonhos mascaram uma gravidade perceptível por quem vê além das aparências. Admiradora de Dali, a jovem também se sente próxima de Frida Kahlo, cuja arte é nutrida pelo sofrimento físico. Com Jeaninne, é uma fratura e suas complicações que decidem aos 14 anos o destino de uma adolescente que sonhava com uma carreira esportiva. Não havia mais handebol, então ela se reconecta com seu amor de infância pelo desenho.

Depois de um bacharelado em Artes Plásticas na UnB, ela parte em direção à Nova York e França, onde estuda sempre história da arte, arqueologia e desenho. Seus sonhos nos quais cidades imaginárias surgem ou não, são o combustível de suas obras. Apaixonada pela história de Paris e dos Batignolles, onde ela mora,”Gosto que esse seja o bairro dos impressionistas”, Jeaninne também é fã de arte de rua. Um pé no passado, o outro no presente. Convidada por Caroline para expor sobre o tema de uma viagem a Paris / Brasília, ela gosta de redescobrir sua cidade de infância, uma cidade futurista que até então havia muito pouco desenhado.

 

Para acompanhar a exposição, visite:

Instagram.com/jeaninnesantos