O governo se prepara para reativar um serviço que dará suporte a quem depende só do transporte coletivo: o compartilhamento dos equipamentos de mobilidade sobre duas rodas – aqueles que podem ser retirados e entregues em estações fixas da cidade. O esforço não é por menos: o DF tem a maior malha cicloviária do país, com elevação de 20% nos últimos 18 meses
“A ideia é voltar com as bikes e os patinetes compartilhados. Estamos preparando o edital para botar a licitação que permitirá o contrato das empresas ainda neste semestre”, adianta o secretário de Transporte e Mobilidade do DF, Valter Casimiro.
O termo de referência – com regras para a prestação do serviço e a minuta de acordo de cooperação, sem custo algum para os cofres públicos – serão analisados pela Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF). Só depois disso o documento será divulgado.
“Desde o início da atual gestão o governo tem dado uma atenção especial à ciclomobilidade, principalmente no Plano Piloto, que recebe trabalhadores de todas as cidades que não podem abrir mão do metrô ou do ônibus em um longo percurso. Mas que ganham tempo, economia e qualidade de vida fazendo parte dele pedalando”, completa Casimiro.
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O retorno das vem acompanhado de uma novidade: os “aluguéis” deixam de se limitar ao Plano Piloto e passam a circular por todo o Distrito Federal. “Pela primeira vez a secretaria vai abrir um processo para contratar os serviços em outras regiões administrativas fora da região central de Brasília”, conta o subsecretário de Infraestrutura e Planejamento, José Soares de Paiva.
O técnico do governo lembra que o princípio da prestação de serviço do transporte público é oferecê-lo desde o ponto de partida do cidadão, ou seja, a casa ou trabalho do brasiliense. Por uma questão logística em grandes centros urbanos, isso nem sempre é possível. “A dinâmica não permite a cobertura integral. Então, precisamos oferecer meios para essa complementação, seja a pé ou de bicicleta”, acrescenta.
Dados da Subsecretaria de Infraestrutura e Planejamento apontam os ônibus como o meio de transporte responsável por atender de 40% a 45% da população do DF. Já o metrô serve de 10% a 12% dos moradores de Brasília. O modal sobre trilhos tem o último vagão prioritário a quem viaja com a bicicleta.
Já com os ônibus isso ainda é diferente. Como os contratos da atual frota em circulação são de 2012 e 2013, a Secretaria de Transporte e Mobilidade estuda a possibilidade de inserir adaptações nos veículos contratados a partir de 2022, atendendo a quem os utilizar com a bicicleta a tiracolo.