A integração dos modais usufruída por milhares de brasilienses que incluíram a bicicleta como um dos seus meios de transporte, diariamente, é uma das ações que o Governo do Distrito Federal (GDF) desenvolve para desafogar o tráfego de veículos nas ruas. A proposta faz parte do Plano de Mobilidade Ativa desenvolvido pela Secretaria de Transporte e Mobilidade.
Nesse sentido, o governo se prepara para reativar um serviço que dará suporte a quem depende só do transporte coletivo: o compartilhamento dos equipamentos de mobilidade sobre duas rodas – aqueles que podem ser retirados e entregues em estações fixas da cidade. O esforço não é por menos: o DF tem a maior malha cicloviária do país, com elevação de 20% nos últimos 18 meses.
Edital
A Secretaria de Transporte e Mobilidade definiu as regras para o novo Sistema de Bicicletas e Patinetes Públicos Compartilhados do Distrito Federal. O sistema não implicará novos custos ao GDF e os contratos terão vigência de 60 meses. As operadoras deverão oferecer planos diferenciados para usuários eventuais, habituais e de uso intenso. O edital e as especificações técnicas para a implantação, operação e manutenção do sistema estão disponíveis na página da Semob. De acordo com o edital, as bicicletas e patinetes públicos deverão ser oferecidos nos locais com maior demanda, de forma a integrar os deslocamentos dos pedestres com o transporte coletivo.
O edital prevê, ainda, que as tarifas a serem cobradas para uso das bicicletas e patinetes sejam operadas com sistema de integração ao bilhete único do transporte público coletivo. O novo sistema deverá operar todos os dias da semana, 24 horas por dia, para retirada ou devolução. Os patinetes e as bicicletas poderão ser motorizados ou movidos à energia elétrica, e deverão ser dotados dos equipamentos de segurança obrigatórios.
No Guará e em outras cidades
O retorno das vem acompanhado de uma novidade: os “aluguéis” deixam de se limitar ao Plano Piloto e passam a circular por todo o Distrito Federal.
O princípio da prestação de serviço do transporte público é oferecê-lo desde o ponto de partida do cidadão, ou seja, a casa ou trabalho do brasiliense. Por uma questão logística em grandes centros urbanos, isso nem sempre é possível.
Dados da Subsecretaria de Infraestrutura e Planejamento apontam os ônibus como o meio de transporte responsável por atender de 40% a 45% da população do DF. Já o metrô serve de 10% a 12% dos moradores de Brasília. O modal sobre trilhos tem o último vagão prioritário a quem viaja com a bicicleta.
Já com os ônibus isso ainda é diferente. Como os contratos da atual frota em circulação são de 2012 e 2013, o goveno estuda a possibilidade de inserir adaptações nos veículos contratados a partir de 2022, atendendo a quem os utilizar com a bicicleta a tiracolo.