Conselho de cultura tenta valorizar a arte guaraense

Grupo quer viabilizar a reforma de espaços culturais e gerar renda para os artistas da cidade

O Conselho de Cultura do Guará é um órgão colegiado deliberativo, consultivo, normativo e fiscalizador, com composição paritária entre o Poder Público e a Sociedade Civil. Constitui o principal espaço de articulação e participação social e cultural da cidade.

Quem são

Os membros natos são o gerente de cultura da Administração do Guará, Julimar dos Santos,,  a professora Patrícia Melo, representando o Coordenador Regional de Ensino e o servidor  Gilson Ribeiro,  representando a Administradora Regional do Guará. Como liderança comunitária, a gestora de projetos, produtora e ativista cultural, cofundadora e integrante do Coletivo de Mulheres do Guará (Mulherau) e membro da União Brasileira de Mulheres (UBM-DF) Ju Krause e tem como suplente a também líder  Comunitária Cirlene Barbosa. Representando o segmento da arte e cultura inclusiva, o produtor cultural e DJ Ricardo Retz.

Representam o segmento cultural da cidade: a artista plástica, Ju Borgê, o DJ Henrique Lion (Henrique Machado), o ativista cultural Hamilton Zen, a produtora cultural, artista plástica, artesã, capoeirista integrante do Coletivo de Mulheres do Guará (Mulherau) gestora e ativista ambiental Lola, o cineasta e produtor cultural Lucas Rafael, a poetiza e editora independente Nilva Cabral, e o maestro Rênio Quintas. Ocupando a suplência nesse segmento o produtor musical Werry Rodrigues,

 

O que fazem

Compete ao Conselho: coletar subsídios para a elaboração de políticas públicas de cultura, acompanhar a execução de políticas públicas de cultura; avaliar ações e metas consolidadas no Plano de Cultura do Distrito Federal, conforme as diretrizes consolidadas nas Conferências de Cultura do Distrito Federal; participar da elaboração da proposta orçamentária da área da cultura da região administrativa; definir conjuntamente normas e critérios para destinação, uso e administração dos espaços culturais e artísticos mantidos, direta ou indiretamente, pelo Governo do Distrito Federal; elaborar planos e diretrizes para a atuação da gerência de cultura;  e planejar e desenvolver, juntamente com a diretoria regional de ensino e a gerência de cultura, as diretrizes culturais que devem ser implantadas nas áreas em que atuam.

Também é atribuição do Conselho avaliar o relatório anual das atividades realizadas, direta ou indiretamente, pela gerência de cultura; propor, avaliar e acompanhar planos, programas e ações culturais desenvolvidas com o apoio direto ou indireto do Governo do Distrito Federal na região administrativa; emitir parecer sobre assuntos de natureza cultural e artística; manter intercâmbio com os demais conselhos regionais de cultura do Distrito Federal e com os órgãos e entidades públicas, além de grupos, entidades civis, pessoas físicas e jurídicas ligadas às atividades das áreas da cultura e das artes; propor, analisar e referendar propostas de mecanismos capazes de preservar, fortalecer e desenvolver a identidade cultural e artística expressa e vivenciada pela comunidade local; e prestar assessoramento à respectiva gerência de cultura ou equivalente, nos limites de sua competência.

O Conselho Regional de Cultura é o elo entre a Administração do Guará e a comunidade e por meio dessa relação que são elaboradas as políticas públicas para a área. Ao mesmo tempo que tem o poder de fiscalizar a correta aplicação dos recursos alocados na Administração Regional o que faz com que os anseios da comunidade e dos entes culturais possam ser contemplados na execução de projetos da cidade. Isso permite uma valorização dos artistas da cidade e o desenvolvimento de projetos que tenham uma identificação com o Guará, sua comunidade e sua história.

“Vale ressaltar que começamos a trabalhar após a eleição e só podemos começar a deliberar a partir de janeiro, desse ano, em plena pandemia, que tem prejudicado de maneira devastadora a economia criativa da cidade. Causando fechamento de espaços culturais e a impossibilidade de realizar diversas atividades principalmente na área da música, do cinema do teatro do circo e de outros segmentos culturais que precisam de público para se manterem”, explica Julimar dos Santos. “Como se não bastasse temos que enfrentar constantes ataques do poder público aos nossos espaços culturais, como a recente tentativa de transformar o Salão de Múltiplas Funções em uma escola;  a PPP do CAVE que ameaça o Teatro de Arena, o nosso maior Patrimônio Cultural. Assim como o abandono de outros espaços como o Arco da Cultura, os monumentos da cidade a as antiga e nova Casa da Cultura”.

“Também estamos trabalhando para colaborar com diversos Coletivos da cidade como a Escola de Samba Império do Guará e o Circo Vitória, que está instalado em nossa cidade e que impedidos de trabalhar por mais um ano. Além de estarmos realizando, também, uma pesquisa cultural e um levantamento dos espaços culturais públicos e particulares. Entre as prioridades dessa gestão destacamos a garantia dentro desse processo de crise sanitária que estamos passando dos mecanismos que propiciem a subsistência da cadeia produtiva da cultura da cidade; a valorização dos artistas da cidade passando pela remuneração de suas apresentações realizadas principalmente ao poder público como a Rua do Lazer. A reforma dos equipamentos culturais da cidade e a garantia de sua gestão pela gerência de cultura. Bem como a desburocratização para utilização desses equipamentos; e a construção de uma biblioteca pública para o Guará”, completa.