Covid leva Liene Coutinho, da Thaís Imobiliária

Empresária estava internada há 18 dias. Intubada, o quadro se agravou e ela não resistiu

Mais uma notícia triste para o Guará. Morreu nesta quarta-feira, 7 de abril, de complicações da Covid-19, a empresária Liene Coutinho, 61 anos, sócia da Thaís Imobiliária com o marido Giordano Garcia Leão. Leninha, como era conhecida, estava internada há 18 dias e intubada há 10 dias no Hospital Brasília. O quadro se agravou a partir desta terça e ela não resistiu.

Leninha foi uma das empresárias mais bem sucedidas do Guará, e era conhecida pela sua generosidade, doçura e profissionalismo. Fundou com o marido Giordano Garcia Garcia Leão a Thaís Imobiliária em 1978, e ajudou a transformar a empresa guaraense na maior imobiliária do Distrito Federal no segmento de locação de imóveis, com mais de 3.500 imóveis alocados. A Thaís foi a maior ganhadora do prêmio Top of Mind (onza vezes) como a imobiliária mais lembrada pelo brasiliense na pesquisa encomendada pelo Jornal de Brasília. Nesse período, foi também a que mais conquistou o prêmio O Colibri (dez vezes) como a mais consultada no portal WImóveis com mais de 100 mil acessos por ano.

Ela deixa o marido Giordano, os filhos Carolina, Hugo e Lupércio e quatro netos.

 

Como tudo começou

Tudo começou em 1978, quando Giordano, a irmã Olímpia e o cunhado Danilo, que haviam deixado a pequena Bambuí, interior de Minas Gerais, para abrir um escritório de contabilidade no Guará, para onde vieram morar com a mãe. Através do escritório de contabilidade, descobriram que o ramo imobiliário era mais rentável e havia um nicho no Guará. Alugaram uma sala num dos edifícios comerciais da QE 7 para começar o negócio. O nome surgia da homenagem póstuma à filha de Olímpia e Danilo, Thaís, portadora da síndrome de Down, que falecera com apenas um ano de idade. Depois, juntaram-se ao grupo os irmãos Landoaldo e Júlio.
Em 1985, Júlio foi embora para Belo Horizonte, onde viera a falecer dois anos depois. Aqui, os irmãos continuaram o negócio, que foi se ampliando na carteira e no espaço físico. Aos poucos, as salas do primeiro andar do edifício, na QE 7, foram se incorporando ao patrimônio da empresa, que hoje ocupa uma área de 400 metros quadrados.
Em 2007, Landoaldo, o irmão mais velho, deixou sua função na administração da Thaís, depois de também aposentar-se como funcionário da Câmara dos Deputados. Ficaram Giordano, a esposa Liene e os filhos Hugo e Lupércio – a outra filha Carolina é psicóloga e trabalha num órgão público.