Guaraense na caça a Lázaro

Moradora da cidade, delegada Karina Duarte foi a responsável pela identificação da verdadeira identidade do criminoso, que antes usava nome falso para atuar no DF

Durante a reportagem do Jornal Nacional da TV Globo de segunda-feira, 28 de junho, sobre o desfecho da morte do criminoso Lázaro Barbosa, além do secretário de Segurança de Goiás quem também falou sobre o assunto foi a delegada adjunta da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher de Ceilândia, Karina Duarte Rocha da Silva, uma das principais personagens da caça ao bandido. Foi ela quem começou a investigação sobre Lázaro a partir da denúncia de três estupros cometidos na zona rural sob jurisdição da Deam 2, em abril. Durante a investigação, ela descobriu que o criminoso usava nome falso no Distrito Federal e já tinha uma extensa ficha criminal com o nome verdadeiro na Bahia e em outras regiões do país.
Dois meses depois da descoberta, aconteceu o crime bárbaro numa chácara do Incra 9, quando Lázaro assassinou quatro pessoas da mesma família. Karina entrou no caso na busca por Cleonice, mulher do caseiro morto, que tinha sido levada por Lázaro e depois assassinada com requintes de crueldade. Como já tinha mais informações detalhadas sobre Lázaro, Karina foi destacada para dar apoio à 24ª Delegacia de Polícia de Ceilândia nas buscas ao criminoso. Durante vários dias, ela participou diretamente da operação, até o desfecho final.


Delegada por acaso

Com apenas 36 anos, Karina Duarte já tem uma longa experiência como delegada. Em 2010, quando pesquisava sobre a oferta de concursos que pudessem oferecer estabilidade futura, se deparou o concurso para delegado de polícia do Estado de Goiás. Formada em Direito, resolveu arriscar e foi aprovada. Com apenas 25 anos, passou a atuar em delegacias do Entorno do DF, até ser aprovada no concurso de delegado do Distrito Federal em 2018. Como ajunta, atuou nas delegacias da Asa Sul, na Delegacia de Proteção à Criança (DPCA), até ser alocada na Delegacia da Mulher de Ceilândia.
A escolha da profissão de delegada não era o sonho de Karina, mas ela garante que hoje é apaixonada pelo que faz. “O que começou como um acaso, acabou se transformando numa verdadeira paixão. Passei a gostar ainda mais ainda quando passei a trabalhar no Distrito Federal, pelas condições de trabalho que oferece a Polícia Civil daqui”, afirma.
Com casamento marcado para o final de julho, Karina nasceu e foi criada no Guará, onde continua morando.