Um clube para chamar de nosso

Clube do Sesc atende cerca de 7,5 mil usuários por semana e está retomando suas atividades pós pandemia. Qualquer morador pode utilizar os serviços e instalações, desde que se credencie!

Considerada uma das regiões de melhor poder socioeconômico do Distrito Federal, Guará não tinha um clube social à altura de sua população. Nos anos 70 até meados da década de 90, a única opção era o antigo Clube de Vizinhança do Guará I, cópia mal feita dos clubes de vizinhança do Plano Piloto. Em 97, o espaço foi cedido pelo Clube de Regatas Guará, que tinha o direito de explorá-lo, à Federação do Comércio do Distrito Federal para que fosse transformado no Clube do Sesc, totalmente reconstruído e inaugurado em 1988.
Com o crescimento da demanda, em quantidade e qualidade, que chegou a três mil 3 mil usuários, o Sesc resolveu em 2015 fazer uma reforma completa em todas as instalações, que ficou pronta um ano e meio depois, em meados de 2017. A reforma incluiu a construção de uma piscina coberta para hidroginástica, uma nova ala para o atendimento da saúde, com consultórios médicos e odontológicos, o espaço de lazer foi ampliado e modernizado, e construídos um banheiro e vestiário “família” e um novo bloco administrativo.
Com a pandemia, o clube teve que interromper suas atividades por conta das medidas sanitárias impostas no Distrito Federal, mas aos poucos teve algumas atividades (esportivas, físicas e médicas) liberadas durante a semana, e somente agora, no final da semana passada, 2 e 3 de outubro, e que foi aberta a frequência para a parte de lazer, principalmente as piscinas, e as áreas comuns. Mesmo assim, a frequência está limitada a 400 pessoas por sábado ou domingo, cerca de 30% do público médio de antes da pandemia. Dos cerca de 5 mil alunos e participantes de atividades físicas, desportivas e sociais durante a semana cerca de 2 mil já retornaram.
Mas, o que nem todos sabem é que o Clube do Sesc pode ser frequentado por qualquer morador, apenas com diferenças de taxas em relação aos trabalhadores do comércio, mas muito abaixo do que é cobrado em clubes sociais de estrutura semelhante. A não ser pela ausência de campos de futebol, por causa da limitação do espaço, o clube oferece atividades que atendem bem a quem procura espaço confortável para o lazer e atividades físicas e desportivas.

Perto e barato

Mesmo com essa qualidade e a gama de serviços, o clube cobra muito pouco pelo que oferece e no caso do comerciário e conveniados (sindicatos, associações, conselhos de classe, entre outros) o acesso às instalações não tem qualquer custo. Quem não é comerciário ou conveniado paga apenas R$ 10 pelo acesso por dia, ou R$ 5 para quem tem mais de 60 anos.
Além das piscinas, churrasqueiras, área para banho de sol, utilizados mais nos finais de semana para quem procura apenas o lazer, o clube oferece durante a semana atividades recreativas e para manutenção da saúde. Os cerca de 150 idosos cadastrados praticam hidroginástica numa piscina coberta e semiaquecida (que utiliza ozônio no lugar do cloro), além de atividades na academia, que dispõe de equipamentos modernos e atuais. Eles podem participar também do Clube da Caminhada, que oferece caminhadas dentro da área do próprio clube para quem não pode fazer percursos mais longos, mas o grupo mais resistente participa de caminhadas pela cidade, monitorado por um professor de Educação Física e outro de Enfermagem. Tem mais: pode se ocupar nas oficinas, palestras e participar do Coral do Sesc, atividades que estão sendo, com crianças em situação de vulnerabilidade entre 9 e 10 anos, encaminhadas pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e as escolas públicas.

Para o gerente do clube, André Esteves, o guaraense é o que mais gosta da parte de lazer entre todos os clubes do Sesc do DF

Além da moderna e bem equipada academia, o Clube do Sesc oferece atividades monitoradas de natação, musculação, alongamento, hidroginástica, fitness, tênis, spinning, dança/ballet, basquete e vôlei, pilates solo e bola, e zumba.
Serviço de saúde
Com o aumento dos preços dos planos de saúde e a precariedade da rede pública, a procura pelos serviços médicos aumentou significativamente, principalmente com a reforma de toda a ala e criação de dois novos consultórios médicos e ampliação da Odontologia. Enquanto uma consulta médica na rede particular custa entre R$ 150 e R$ 400, dependendo da especialidade e da fama do médico, no Clube do Sesc custa apenas R$ 30 para o comerciário, R$ 33 para o conveniado, R$ 45 para o idoso e R$ 60 para quem não se enquadrar nessas categorias. As novidades da retomada são o atendimento psicológico (R$ 30 para o comerciário, R$ 33 para conveniado, R$ 45 para gerontologia e R$ 60 para os demais) e nutrição clínica e esportiva (R$ 30 para o comerciário, R$ 33 para conveniado, R$ 65 para gerontologia e R$ 100 para o público externo).
Na Odontologia, os serviços custam em média 30% a menos em relação ao mercado, e oferece atendimento em Periodontia, Odonpediatria, Prótese e Clínica Odontológica. O atendimento de emergência custa R$ 65 para o comerciário, R$ 72 para o conveniado, R$ 152 para terceira idade e R$ 240 para o restante.
Além das atividades esportivas externas, existe um salão de jogos e as crianças dispõem de uma espécie de brinquedoteca.
Mas essas atividades complementares são oferecidas apenas durante a semana, porque nos sábados, domingos e feriados o clube é aberto apenas para o lazer – banho de piscina, de sol, churrasco e esporte nas quadras poliesportiva e de tênis.

Refeições em conta

Por causa da pandemia, o clube criou um projeto que está superando as expectativas inicias, o de produzir e oferecer refeição de qualidade, a custos abaixo do mercado. O comerciário paga, por exemplo, R$ 8 por uma marmita balanceada, o idoso R$ 9 e o restante R$ 10, de segunda a sexta. São confeccionadas cerca de 2 mil refeições por semana, incluindo a feijoada às sextas-feiras.
E toda a comida é preparada no próprio clube. Nos finais de semana, o serviço passa a ser em forma de petiscos, oferecidos pela lanchonete interna.