Mesmo sem patrocínio e com pouco apoio do governo do Distrito Federal, o guaraense Wellington Fernandes vem acumulando cada vez mais títulos no bicicross. Somente em 2021, no pós pandemia, ele fecha o ano com os principais troféus do Campeonato Brasiliense, do Centro Oeste e o Brasileiro, na categoria 40 anos e Mais.
Praticante de bicicross desde 1984, Wellington, 45 anos, é obrigado a driblar também as más condições de treino e preparação para as competições. Durante três dias por semana, ele treina na pista de bicicross do Cave, que, segundo ele, está em péssimas condições, porque não recebe manutenção há algum tempo. “Além disso, parte foi ocupada por moradores de rua. Já pedimos providências à Administração Regional do Guará para fazer uma recuperação mínima da pista e retirar os invasores, mas nada é feito”, reclama.
Do Governo do Distrito Federal de vez em quando ele recebe algum apoio, como foi o caso das passagens para a disputa do Campeonato Brasileiro, concluído na semana passada. Funcionário do Sindicato dos Propagandistas do DF, Wellington conta que tira do próprio bolso os recursos para as viagens e competições, ou recebe a ajuda de amigos de vez em quando. “Em estados como São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, os competidores de bicicross recebem bastante apoio do governo. Bem diferente do que acontece no DF”, critica.
Recordista brasileiro
Vencer campeonatos e competições virou rotina para Wellington Fernandes. Foram 30 campeonatos brasilienses, 28 do Centro Oeste e 16 campeonatos nacionais.
