Aurora da Minha Vida: espetáculo traz reflexões entre oprimido e opressor em uma sala de aula

Os coletivos Arte&Cena e Abdução apresentam o espetáculo teatral Aurora da Minha Vida, que traz no roteiro as experiências de infância de seu criador, Naum Alves de Sousa. Um retrato da crueldade das relações, em uma roupagem poética, criada pelo humor singular de Naum, que expõe um segmento da sociedade brasileira e seu retrato fascista normatizado. A peça possui acessibilidade com intérprete de libras e será transmitida de forma virtual nos dias 26,27,28 e 29 de dezembro nas redes sociais.

 

História

O coletivo multilinguagem Arte&Cena foi fundado em 2001 e consolidou-se integrando artistas do teatro, dança, audiovisual, artes plásticas, música e da literatura.  Obtendo amplo reconhecimento e premiações pelo trabalho cultural desenvolvido para ampliar o acesso à cultura, capacitação, sustentabilidade e desenvolvimento da economia criativa. Já o coletivo Abdução, foi criado em 2015, como um coletivo de bandas, grupos musicais e teatrais de Planaltina com o intuito de prover portfólio para artistas do audiovisual e da música. Depois de sua estruturação, conseguiu amplificar seu trabalho cultural feito com o objetivo de trazer aprendizagem e capacitação.

Em 2018, ambos os coletivos fundaram dois Núcleos de Pesquisa e Produção Teatral (nas Regiões Administrativas de Sobradinho e Planaltina) em que foi ofertado, para jovens artistas, capacitação ampla e gratuita nas diversas áreas das artes teatrais.

O espetáculo “Aurora da Minha vida” é um dos resultados deste trabalho pioneiro. Marcos Vasconcelos, proponente e ator do espetáculo iniciou-se no teatro na primeira turma do Núcleo de Planaltina. E assim como todo o elenco de montagem, após a capacitação, passou a integrar o coletivo Arte&Cena.

O espetáculo Aurora Da Minha Vida

A peça Aurora da Minha Vida, se passa em uma sala de aula, em que oito “crianças”, representantes de diferentes segmentos e tipologias da sociedade, são cruelmente moldadas e forçadas a se despolitizar e a repetir modelos sociais, para sobreviver as crueldades de uma escola militarizada. E tem como referência o trabalho de Lars Von Trier, a fim de conceber a estética do “Cenário Infinito” e a simplicidade visual típica do “Dogma 95”, que segue a linha minimalista em detalhes, vestígios e cores.

Segundo o diretor, Cristiano Gomes, o espetáculo além de fazer uma denúncia da ascensão da extrema direita no Brasil, traz reflexões também sobre a crueldade inserida em uma educação militarizada, bem como sobre as possibilidades de mudança, do pensar em soluções mais humanas e prósperas. “Na peça, falamos sobre os oprimidos e sobre as relações de poder, de que forma esses papéis são expressos tanto nos tempos da ditadura, quanto na sociedade atual. O momento vigente trouxe para as relações do dia a dia, situações e comportamentos que não deveriam mais existir, como a normatização das mais diversas formas de preconceito. Escolhemos o texto do Naum, por se aproximar desta reflexão, de uma maneira muito potente e mordaz, que chega a incomodar, e para nós esta é uma das funções da arte, incomodar”, explica Cristiano.

O espetáculo, contemplado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC), fomento da Secretaria de Cultura do Distrito Federal, fará suas apresentações de forma on line via redes sociais, por conta da pandemia do covid-19.

 

Serviço:

Transmissões sempre às 20h:30

26/12/21

Youtube: https://www.youtube.com/channel/UC91wEPf-I6CTrtBH1rxLFVg

27/12/21

Instagram: https://www.instagram.com/arteecenaoficial/

28/12/21

Facebook: https://www.facebook.com/ArteCenaOficial-104216448790462

29/21/21

Doityplay: https://doity.com.br/