O cercamento de um terreno de cerca de 4 mil metros quadrados no Centro Comunal I, atrás da 4ª Delegacia de Polícia e do Centro de Referência de Atendimento Social (CRAS), entre as QEs 15 e 26 e QIs 23 e 25 do Guará II, tem se tornado um dos assuntos mais discutidos nas redes sociais da cidade, mais pela falta de informações sobre a obra e o que será construído no terreno. As dúvidas e especulações acontecem porque no local existe apenas uma placa informando que a “área é particular”, e aumentaram com a perfuração do terreno há uma semana. Depois de um périplo em busca de informações, a reportagem do Jornal do Guará chegou aos donos do empreendimento e conseguiu esclarecer o que será a obra.
A primeira informação é pública porque o terreno do lote “A”, de 3.996 metros quadrados, constava da licitação 013 da Terracap de dezembro de 2021 para concessão mediante pagamento mensal e teria sido arrematado pela empresa Oriente Cultural do Brasil, que consta na Internet como proprietária do salão de festas Dunia City Hall, na QI 15 do Lago Sul, por R$ 79 milhões, mediante pagamento mensal de R$ 25 mil. Por causa da informação, surgiu a especulação de que no terreno poderia ser construído um salão de festas,
Após consulta à Central de Aprovação de Projetos (CAP), da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), a reportagem recebeu a informação de que lá não constava qualquer pedido de alvará de construção para o endereço do terreno cercado. Ao solicitar informações à empresa Oriente Cultural sobre o cercamento e as obras e a falta de alvará, a reportagem foi contactada pelo representante da empresa, Ari Araujo, que esclareceu as dúvidas.
Loja e galeria
A primeira informação é que o terreno vai abrigar uma filial de rede A Casa Brasileira, especializada em artigos domésticos, com lojas em Taguatinga, SIA, Ceilândia, Valparaíso, Vicente Pires, Planaltina e Samambaia, que pertence aos empresários Ayan Atta Mustafa Altell e Liya Ibrahim Mahmud Abuillan, proprietários também da Dunia City Hall.
Sobre o cercamento e as obras, Ari Araujo garante que, por enquanto, estão sendo realizadas apenas prospecções para estudo do solo por parte da empresa contratada para a construção do empreendimento, enquanto o projeto está sendo preparada para dar entrada na Central de Aprovação de Projetos. Segundo Ari Araujo, o prédio terá apenas um pavimento com o pé direito de cerca de seis metros (padrão das outras lojas) e ao lado, na sobra do terreno, será construída uma galeria para a instalação de outras lojas terceirizadas.
A previsão da empresa é, assim que o alvará de for liberado, construir o prédio, que é apenas um galpão, em dois meses, porque, de acordo com Ari Araújo, a obra segue um projeto padrão de fácil e rápida construção. “A nossa intenção é inaugurar a filial do Guará antes do final do ano”, garante.