Em pouco mais de 15 dias, a entrada do e Paulo Octávio (PSD) na corrida pelo Palácio do Buriti modificou a tendência do voto. A eleição, que parecia garantida para Ibaneis Rocha (MDB) em primeiro turno, pode ir ao segundo turno. Nas mais novas pesquisas, o candidato do PSD aparecendo em segundo lugar, à frente dos senadores Leila Barros (PDT) e Izalci Lucas (PSDB).
A mais recente coleta de dados foi divulgada quinta-feira (18) pelo Instituto Paraná Pesquisas. Registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o n.º DF-02459/2022, o levantamento ouviu 1.540 eleitores entre os dias 13 e 17 de agosto. Na pesquisa estimulada, Ibaneis Rocha lidera com 38,7%, contra 10,9% de Paulo Octávio. Leila Barros ficou em terceiro, com 9,8%, e Izalci é o quarto, com 5,4%.
Na sequência vêm Leandro Grass (PV), com 3,4%, Rafael Parente (PSB), com 2,5%, Keka Bagno (Psol), com 1,8%, Renan Arruda (PCO), com 1,6%, e Lucas Sales (DC), com 1,1%. Robson Raymundo da Silva (PSTU) e Teodoro da Cruz (PCB) tiveram 0,6% e 0,5%, respectivamente. Segundo o instituto, um total de 9,4% não sabe ou não respondeu e 14,2% vão votar branco ou nulo. A margem de erro está em 2,5 pontos percentuais.
O resultado mostra que a tendência de segundo turno é real, e vai ao encontro da pesquisa realizada pelo instituto Exata Opinião Pública entre os dias 11 e 13 de agosto, registrada com o nº DF-09412/2022. Nela, PO soma 9,9% das intenções de voto e Ibaneis Rocha tem 40,8%, queda de quatro pontos percentuais, de acordo com o levantamento anterior, realizado de 1º a 4 de agosto e registrado na Justiça Eleitoral sob nº DF-02125/2022. Só que, na época da primeira pesquisa, Paulo Octávio não era oficialmente candidato.
Em terceiro, segundo a Exata OP, está Leila Barros, com 7,3%. Izalci Lucas ficou com 5,7% e Leandro Grass com 4,9%. Rafael Parente (PSB) soma 3,6% e Professor Robson (PSTU) tem 2,2%. Keka Bagno (Psol) tem 1,3% e Lucas Salles (DC), 0,9%. A pesquisa indicou que os indecisos são 11,9% e os que vão votar branco ou nulo, 11,5% vão. O instituto entrevistou 1.440 eleitores presencialmente e a margem de erro é de três pontos percentuais.
A última pesquisa divulgada foi feita pelo IPEC – Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica a pedido da TV Globo. A liderança é de Ibaneis Rocha (MDB), com 38%, seguido por Paulo Octávio (PSD), com 9% da preferência, à frente dos senadores Leila do Vôlei (PDT), que marcou 8%, e Izalci Lucas (PSDB), que tem 5%. A margem de erro é de três pontos percentuais.
Na ACDF, empresários apoiam candidatura de Paulo Octávio
Candidato do PSD ao Governo do DF, o empresário Paulo Octávio recebeu o apoio de dirigentes e empresários ligados à Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF), na noite de terça-feira (16). “Hoje é uma noite histórica: pela primeira vez um candidato ao GDF nasce aqui. Nenhum governo, sozinho, resgata os 257 mil empregados que temos. Sozinho não posso fazer nada, mas com o apoio da sociedade civil e das entidades de classe, tudo é possível”, disse, ao lado do candidato a vice-governador, Luiz Felipe Belmonte.
Paulo Octávio revelou ainda que apresentará 55 metas de governo na próxima terça-feira (23), adiantando que a saúde estará em primeiro lugar. “Tenho debatido muito com o deputado Jorge Viana (PSD) e se há um problema sério hoje é a saúde. Posso prometer que no meu governo não teremos filas. Meu secretário de saúde vai assumir no primeiro dia e vai sair no último, tendo como metas zerar as filas nos hospitais e as de cirurgias”, enfatizou.
Em relação a emprego e renda, PO lembrou os tempos em que foi secretário de Desenvolvimento Econômico, época em que foram gerados quase 5 mil postos de trabalho, devido à sinergia existente entre governo e classe empresarial. “Agora não vai ser diferente. Vamos criar 100 mil empregos em quatro anos. Nenhuma cidade cresce com expressiva parte da população ativa em casa e teremos problemas sérios se não criarmos estas vagas”, avaliou. “Tantos jovens que poderiam empreender, mas não têm coragem por causa da burocracia. Nossa coligação se chama DF para Todos, para que a cidade ofereça perspectivas a todos”, encerrou.
O candidato a vice-governador Luiz Felipe Belmonte endossou as posições de PO. “Chegou a hora de um gestor comandar o DF. Brasília irá prosperar e ser a capital da América Latina e vitrine de boas práticas. Com um orçamento de R$ 58 bilhões, não podemos ter pessoas passando fome. Governar é planejar e prever problemas. É preciso manter programas sociais, mas as pessoas querem dignidade”, disse.
Para o presidente da ACDF, Fernando Brites, a situação do povo brasileiro e brasiliense precisa de medidas urgentes. “Alimentamos 1 bilhão de pessoas fora do Brasil e não conseguimos fazer o mesmo com as pessoas nas periferias das cidades. Por que o empresário e a população têm de sofrer com a incompetência e o desdém de quem atende a todos? Por que temos de pagar pela inoperância de quem trabalha contra o Brasil? Vejo a candidatura do PO com muita esperança”, acrescentou.