Orçamento do DF é de R$ 57,36 bilhões para 2023.

Segurança, Saúde e Educação vão ficar com R$ 22,96 bilhões, que serão repassados pelo Fundo Constitucional do DF (FCDF), recursos repassados pelo Orçamento da União

O Distrito Federal terá, para 2023, um orçamento de R$ 57,36 bilhões. O montante, estimado pelo Projeto de Lei nº 2.992/2022 – Lei Orçamentária Anual (LOA), de autoria do Executivo, foi aprovado pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) nesta terça-feira (13 de dezembro). O orçamento aprovado representa um crescimento de 18,22 % em relação ao de 2022. Para elaborar o projeto, a equipe econômica levou em consideração o Plano Plurianual 2020-2023, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000) e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO 2023).
Entre os destaques, foram reservados cerca de R$ 45 milhões destinados à recém-criada Universidade do Distrito Federal (UnDF), recursos a serem empregados em capacitação de profissionais, criação de bibliotecas e realização de eventos.
A proposta de 2023 conta com uma reserva orçamentária para que seja possível honrar contrapartidas de convênios e operações de crédito contratadas pelo Distrito Federal para assegurar investimentos públicos de interesse da população.

Fundo Constitucional

A arrecadação da receita própria estimada para o próximo ano é de R$ 34,39 bilhões. Já o repasse do Fundo Constitucional do DF (FCDF), proveniente da União, será de R$ 22,97 bilhões para 2023, totalizando um orçamento de R$ 57,36 bilhões para o DF. A receita própria é dividida em três partes: Orçamento Fiscal, que soma R$ 23,33 bilhões; Orçamento da Seguridade Social, de R$ 9,64 bilhões, e Orçamento de Investimento, que atinge R$ 1,41 bilhão.
Os recursos do FCDF são destinados a financiar ações das áreas de Segurança Pública, Saúde e Educação. A Segurança Pública receberá R$ 10,19 bilhões, enquanto a Saúde ficará com R$ 7,14 bilhões e a Educação receberá R$ 5,63 bilhões. abaixo do limite prudencial.

LOA

A Lei Orçamentária Anual (LOA) detalha as receitas (previsão de recursos) que o governo vai arrecadar e fixa os gastos e despesas para o ano seguinte. É nela que o governo coloca em prática os programas e projetos previstos no Plano Plurianual (PPA) e priorizados na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Apesar de a proposição da LOA ser do Poder Executivo, ela precisa ser votada e aprovada pelo Poder Legislativo, que exerce o controle externo sobre as finanças governamentais.
O texto da LOA do ano seguinte precisa ser aprovado pelos deputados distritais até a última sessão legislativa do ano, normalmente em 15 de dezembro do ano corrente.

Para o Guará

O orçamento da Administração do Guará em 2023 será modesto. Apesar dos R$ 15 milhões previstos para o órgão, mais da metade disso, R$ 8 milhões, são destinados ao pagamento dos seus servidores. R$ 6,4 milhões serão investidos em serviços complementares da própria Administração, como a contratação dos funapeiros (apenados que prestam serviço de manutenção da cidade) e pagamento de outras despesas, como contas de água, luz e contratos de serviços. Apenas R$ 533 mil serão de fato investidos na cidade, que representa apenas uma fração do que foi destinado em 2022 (e não foi utilizado pela Adminsitração do Guará).