Moda representa costumes, espelha comportamentos. É uma indústria que movimenta milhões em dinheiro e fascina milhares de pessoas. Mas tudo que é belo, claro, tem seu lado escuro e nocivo. Essa é a reflexão que propõe a mostra Re-Fashion: SobreVivência TransFormadora, em cartaz até 16 de fevereiro no Espaço A Pilastra, na QE 40 do Guará II.
Com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), a exposição reúne 30 peças da designer de joias Lurdinha Danezy e da estilista Sandra Lima.
Utilizando resíduos sólidos das indústria têxtil, calçadista e da construção civil como matéria-prima das criações, as duas artistas exibem artigos de moda únicos, além de promoverem no espaço atividades que estimulam o reaproveitamento de material. “A exposição convida o espectador a repensar seus hábitos e se posicionar com a consciência de salvar o mundo a partir das nossas responsabilidades como produtores e consumidores de moda”, resume Lurdinha Dsnezy.
O curador da mostra, Fernando Lakcman, reforça: “Não é um universo de um único olhar. Traz reflexão sobre a possibilidade da arte se misturar com a moda – que é um setor produtivo – e com o design, especialmente linkando todas essas áreas a algo que está muito em alta na sociedade hoje, que é a sustentabilidade”.
Também faz parte da exposição uma oficina gratuita, intitulada Desconstrução e Reconstrução, que ocupa a galeria nesta quarta-feira (25), das 18h às 22h. As inscrições podem ser feitas por este link. No dia do evento, o participante deve levar tesoura e peças de roupas, material que será utilizado para o aprendizado das técnicas.