Guaraense é eleita Diva Trans do Carnaval de Brasília

Gal Maria representou a Escola de Samba Lobo Guará. Foram escolhidos seis integrantes do reinado carnavalesco para desfilar nos dias 21 e 22 de abril

A guaraense Gal Maria, representante da escola de samba Lobo Guará, foi eleita Rainha Trans do Carnaval de Brasília, na 54ª edição do Concurso do Reinado da Corte de Momo do DF, promovido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) em parceria com o Instituto Candango de Política Social. O concurso aconteceu no Teatro Plínio Marcos, no Eixo Cultural Ibero-americano, na noite de sábado (1º de abril).

Ao todo, 21 candidatos concorreram ao título de Rei e Rainha Momo do DF, além dos postos de princesa, Cidadão Samba e Rainha-Mirim. A novidade deste ano, de caráter inclusivo, foi a escolha da Diva Trans, categoria que contou com três concorrentes.  Os seis vencedores vão desfilar na Passarela Marcelo Sena, que será montada no coração do Eixo Monumental, entre a Torre de TV e o Eixo Cultural Ibero-americano, nos dias 21 e 22 próximos.

A elétrica bateria de Mestre Wagner, com 13 músicos, animou a plateia formada em sua maioria por familiares e representantes das 13 escolas que desfilarão nos dias 21 e 22 no Eixo Cultural Ibero-americano, durante as festividades do aniversário de Brasília.

Passista da Associação Recreativa Cultural do Cruzeiro (Aruc), Alexandre Rodrigues, no auge de seus 130 kg de malemolência, gingado e carisma, conquistou o júri e o público e venceu o concurso. A coroa de Rainha da Corte do Momo ficou para Laíssa Nayline, representante da Capela Imperial de Taguatinga. Com muito samba no pé e batuque na mão, Cristiano Olímpio levou o título de Cidadão Samba.  “Estou felicíssima!”, resumiu, emocionada, a escolhida para o posto de primeira Diva Trans da folia, Gal Maria.

A professora de dança e passista da Aruc Beatriz Alexia, por sua vez, foi eleita a Princesa do certame deste ano, que escolheu ainda Liah Andrade, de cinco anos, como a Rainha-Mirim da festa. “Estou me sentindo muito amada”, disse a pequena.

 

A volta dos desfiles

Desde 2015, o Distrito Federal não elege o Reinado da Corte da folia local. Vice-presidente da União das Escolas de Samba e Blocos de Enredo de Brasília (Uniesbe-DF), Adriano Gardini falou sobre a importância de manter viva essa tradição: “A brincadeira nasceu durante o Império Romano, quando o povo era proibido de brincar no baile da corte. A eleição da corte é o primeiro pontapé de um desfile de escola de samba”.

Este ano, 13 escolas de sambas vão desfilar. Serão seis agremiações do grupo especial e mais sete do grupo de acesso. Última campeã do desfile de 2014, a Acadêmicos da Asa Norte coleciona 12 títulos no currículo e está se preparando para o evento com muita euforia.