Mais um plantio no Bosque dos Eucaliptos

Voluntários plantam 70 mudas de árvores do cerrado no parque. Total chega a 1.200 mudas plantadas

Para comemorar o Dia da Árvore, voluntários do projeto Guará Tempo de Plantar voltaram a reforçar o reflorestamento do parque Bosque dos Eucaliptos, entre as QEs 38, 42, 44 e as quadras novas QEs 48 a 58. Com as 70 mudas plantadas no sábado passado, o total chega a cerca de 1.200 mudas deixadas pelos voluntários no parque em apenas quatro anos.
O plantio teve a parceria da Casa da Amizade do Rotary Club do Guará, que doou 50 mudas nativas do cerrado e frutíferas. Pela primeira vez, a ação contou com a presença e participação de secretário de Meio Ambiente e de presidente do Instituto Brasília Ambiental. O secretário Roney Nemer participou da abertura do evento e o presidente do Ibram, Guto Ferreira, participou também do plantio. Os dois assumiram o compromisso de agilizar a implantação definitiva do parque, que está com seu projeto diretor pronto e aguarda apenas a liberação dos recursos financeiros. A primeira providência deverá ser o cercamento da área do bosque, com a utilização de um recurso disponível no Ibram de R$ 880 mil, proveniente de cobrança de compensação ambiental.

Miriam Clefes, presidente da Casa da Amizade,
Guto Ferreira, Simone Vaz, do Tempo de Plantarm, e
Roney Nemer, presidente do Ibram

Perda chega a 30%
Durante o plantio, a coordenadora do Guará Tempo de Plantar, Simone Vaz, explicou a aplicação do produto Hidrogel, para ajudar na redução na frequência de regas, diminuição no consumo de água e contenção nos gastos com irrigação. E também a aplicação de fertilizante a base de cálcio e magnésio, que atua como protetor, fornecendo condições para que o plantio tenha maior resistência a estresses bióticos (pragas e doenças) e abióticos (déficit hídrico, salinidade e estresse térmico).
De acordo com Simone, engenheira ambiental, ”ao ser absorvido, o silício é depositado na epiderme das folhas e nos colmos, que ficam mais espessos. O acúmulo desse elemento nas células epidérmicas funciona como uma barreira física que dificulta o ataque de insetos e o desenvolvimento de pragas”.
Simone, entretanto, calcula em cerca de 30% a perda das mudas plantadas a cada ano. As causas, segundo ela, são a falta de manutenção, a seca e o serviço de poda da grama realizada pelas equipes da Administração Regional, que, por falta de conhecimento técnico, não sabem diferençar o mato a ser cortado do que deveria ser preservado. Além da falta de manutenção e do cuidado na poda do mato, ela reclama também do aumento da área ocupada por uma empresa que usa parte do parque para armazenar areia e guardar máquinas de grande porte usadas em terraplenagem.