Guaraense assina feat de Naldo Benny e Marvyn

É do Guará a assinatura da produção do feat ‘Nem me beijou’, lançado pelo carioca-brasiliense, Marvyn, considerado herdeiro da MPB (Música Preta Brasileira) e por Naldo Benny, um dos maiores expoentes do funk brasileiro. Ally Akin a recebeu a missão e entregou uma música com roupagem Afrobeat, batidas pulsantes, guitarras hipnóticas e uma linha de baixo contagiante.
Multiinstrumentista, Ally Akin nasceu em Campinas-SP e escolheu o Distrito Federal para morar. Vivendo no Guará ele é destaque no cenário nacional da cultura Hip-Hop, como CEO da gravadora e produtora cultural, Black Monster.
O artista conta que foi escolhido para produzir Nem me beijou porque Marvin teve acesso ao seu trabalho e gostou do que ouviu. “Ele me mandou uma referência e aí refiz, rearmonizei, e fui colocando elementos que eu uso, como os ritmos afro-brasileiros aplicados dentro do Afrobeats”, diz.
Suas influências musicais incluem Rap, Black Music, Jazz, Soul e Pagode, o que o tornam conhecido como um mago, ao criar um diálogo musical único, conectando o Hip-hop com outras musicalidades afro, como o Afrobeats, a exemplo do que fez com “Nem me beijou”.
Outra característica marcante da atuação de Ally é unir narrativas ancestrais com a contemporaneidade, adotando uma perspectiva afrofuturista e trazendo uma camada de inovação e visão de futuro. Isso explica a identificação de uma variedade de públicos com ele, especialmente os mais jovens.
Em Nem me beijou também coube a guitarra cheia de suingue de Todd Henrique, que trouxe todo um balanço para o arranjo da música, deixando marcada sua experiência e originalidade.

Início
Ally começou a tocar violão aos doze anos, quando entrou no mundo da música, na igreja que frequentava. Tempos mais tarde, nas Orquestras Asafe de Porto Velho-RO, na Madeira Popular (MAPO), desempenhou um papel essencial como saxofonista tenor.
A singularidade de sua expressão artística reside na fusão harmoniosa entre elementos tradicionais e contemporâneos, convergindo em uma sonoridade envolvente. Essa fusão é evidenciada pela intersecção do ritmo marcante do atabaque com gêneros modernos como hip-hop, Afrobeat e Afropop.
Enraizado em uma profunda pesquisa da cultura Tradicional Yorubá e das tradições afro-brasileiras, Ally Akin traduz esse conhecimento em composições que reverenciam as divindades africanas e celebram a herança ancestral. Empreendendo, assim, a missão de transmitir os rituais e devoções aos Orixás por meio de uma linguagem musical contemporânea.

Ativista
Ally Akin também marca como ativista da cultura afro-brasileira e dedica esforços à formulação de políticas públicas voltadas à população negra, especialmente no contexto carcerário. Para ele, preservar e valorizar a rica herança cultural é imperativo. “Ao passo em que a música serve como um veículo para fomentar equidade e justiça social”, completa.

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