Cerca de 40 voluntários, arregimentados pelo comitê Guará Movimento Tempo de Plantar, participaram do plantio de 100 mudas do cerrado, no domingo, 14 de janeiro. É o quinto plantio realizado pelo comitê no parque localizado entre as QEs 38, 42, 44 e as novas quadras 48 a 58.
Nesses cinco anos em que o movimento se encarregou de arborizar o parque já foram plantadas mais de 800 mudas, mas nem todas sobreviveram, por causa de falta de manutenção, vandalismo, falta de água no período da seca e corte do serviço de poda da grama realizada pelas equipes da Administração Regional, que, por falta de conhecimento técnico, não sabem diferençar o mato a ser cortado do que deveria ser preservado. De acordo com a coordenadora do comitê Guará Tempo de Plantar, Simone Vaz, a perda chega a 30% do que foi plantado, o que, segundo ela, é um índice normal para esse tipo de plantio em unidades de conservação.
As mudas das plantas do cerrado foram doadas pela Novacap e os buracos, chamados de “berços” pelos ambientalistas, foram perfurados com o apoio da Administração do Guará e máquinas contratados com recursos doados por voluntários.
A novidade deste ano foi a feirinha de artesanato, o que ajudou a atrair moradores das proximidades para a conscientização da manutenção do plantio.
Liminar atrapalha a implantação
A ação do domingo passado foi acompanhada pelo secretário de Meio Ambiente, Gutemberg Ferreira, morador do Guará, que prometeu agilizar as providências para ajudar na implantação definitiva do parque Bosque dos Eucaliptos, que é de responsabilidade da Administração do Guará. Guto informou que já existem recursos de cerca de R$ 800 mil para refazer o cercamento da área, que teve toda a primeira cerca furtada por carroceiros e invasores. “O plano diretor do Bosque dos Eucaliptos também está pronto, o que vai facilitar as providências”, afirmou o secretário.
Mas, um fator legal está impedindo a implantação: um ocupante de uma parte da área, onde mantém um depósito de areia e material de construção e guarda de máquinas de terraplenagem, garante a ele o direito da parte que ocupa, através de liminar concedida pela Justiça do DF. Guto promete se empenhar junto aos órgãos que cuidam da parte jurídica do governo para tentar derrubar a liminar do ocupante.