Criado no Guará, onde morou até casar-se e nascer seus três filhos, e onde ainda residem seus parentes e estão localizados seus negócios e continua jogando sua “pelada” duas vezes por semana, o senador Izalci Lucas está deixando o PSDB e se filiando ao Partido Liberal, do presidente Jair Bolsonaro. A mudança é uma estratégia de sobrevivência política, que o deixa em condições de disputar novamente o Governo do Distrito Federal ou à reeleição ao Senado, o que seria mais difícil se continuasse no PSDB, partido que dificilmente se aliaria a algum grupo liderado pelo ex-presidente Bolsonaro.
A festa de filiação de Izalci vai acontecer no dia 27 de março, às 19h, no Minas Brasília Tênis Clube, com a presença de Bolsonaro, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto e outros caciques do partido, como a deputada federal Bia Kicis e o deputado distrital Tiago Manzoni.
A esperança de Izalci, embora não declarada oficialmente, é se apresentar como candidato do grupo do governador Ibaneis Rocha, que tem o PL como aliado, nas eleições de 2026. Como a candidata declarada de Ibaneis por enquanto é a vice-governadora Celina Leão, do Partido Progressista (PP), fala-se no meio político que Izalci poderia até ser o vice dela, ou então candidato à reeleição de senador e ser a segunda opção do voto de Ibaneis ou de Michele Bolsonaro e Bia Kicis, se eles forem realmente candidatos ao Senado. Se continuasse no PSDB, as chances de eleição para um cargo majoritário seriam pequenas, embora o partido continue sendo presidido do DF pelo seu filho Sérgio Izalci.
Nos últimos meses, o agora ex-senador tucano passou a ter uma postura mais incisiva de oposição ao Governo Lula e se aproximar mais de Bolsonaro – mesmo contrariando orientação do PSDB, ele fez questão de participar da manifestação do ex-presidente na Avenida Paulista no mês passado.
