Administrado pelo Instituto Brasília Ambiental, o Parque Ecológico Ezechias Heringer, no Guará, é apontado pelos usuários como um dos locais mais organizados e seguros para a prática de atividades físicas em meio à natureza. A unidade recebe, mensalmente, mais de 10 mil visitantes.
Um dos frequentadores assíduos do parque é o militar do Corpo de Bombeiros Valtemir Alves Ferreira, 76 anos. Ele descreve a unidade como bem-cuidada, segura, com boa infraestrutura, que inclui estacionamento, bebedouros e banheiros.
“Podemos deixar o carro estacionado e caminhar à vontade na pista, sem preocupações. O contato com a natureza é excelente; podemos fazer atividade física respirando ar sem poluição. É isso que me faz vir sempre a esse parque”, afirma.
A bancária Cibele Silva Oliveira, 38 anos, endossa a tranquilidade do Ezechias Heringer. “Gosto da natureza local, que é muito bem cuidada. Quando estou andando, respiro ar puro, e faço minha atividade física. O lugar é muito bacana e o ambiente familiar.”
O Parque Ezechias Heringer é formado por 350 hectares, ocupando as áreas 27 e 28 do Guará. A segunda área contém os equipamentos públicos citados pelos frequentadores e mais a sede administrativa, parquinho infantil, quadra de areia, quadras poliesportivas, 2.800 metros de trilha, pista de ciclismo, caminhada e cooper, praça de convivência, entre outros atrativos.
Preservação
Sabedores de que o parque é uma unidade de conservação (UC) lembram a importância de usá-la com consciência ambiental e acreditam que precisa haver mais compreensão dos frequentadores, porque ainda existem pessoas que jogam papel no chão e lixo dentro do parque.
Outras andam de bicicleta com muita velocidade, trazendo risco de atropelar quem está a pé. “Então, é necessário ter mais cuidado da parte de quem usa esse espaço tão especial. Mais conscientização, pois o parque é um lugar que precisa ser preservado”, enfatiza o militar Valtemir Ferreira.
A UC foi criada em 1960 com o objetivo de preservar as margens do córrego Guará, que abastece o Lago Paranoá. Mas sua criação legal só se deu em 1998, pela Lei nº 1.826. Seu nome é uma homenagem ao agrônomo pioneiro Ezechias Heringer, que dedicou sua vida a estudar a flora e a fauna do cerrado.
O parque possui cerrado típico, campos de murundus e densa mata de galeria. É dotado de grande biodiversidade, um lugar onde em meio à caminhada pode-se, por exemplo, deparar-se com uma lobelia brasiliensis, planta endêmica que representa bem a flora do parque.
Está aberto à visitação diariamente, das 6h às 22h.