Suicídio, acidente ou feminicídio?

Polícia trabalha com as três hipóteses para o caso da mulher que caiu dentro de uma oficina na QE 40

A polícia ainda não sabe o que provocou a queda de Rubiana Rosa dos Santos, 44 anos, encontrada morta dentro de um tanque usado para lavagem de peças numa oficina da QE 40. A queda teria ocorrido na noite de sábado, mas o corpo somente foi encontrado na manhã desta segunda-feira, 21 de outubro, quando o dono da oficina abriu a loja e os funcionários foram ligar o compressor e viram um buraco no teto. Inicialmente, eles imaginaram que teria ocorrido um arrombamento, mas, depois, encontraram o corpo da mulher.

Rubiana caiu do prédio vizinho à oficina, do apartamento de um casal que costumava frequentar. Ela pode ter caído acidentalmente, se suicidado ou sido jogada – as três hipóteses estão sendo analisadas pela polícia. De acordo com o delegado-chefe da 4ª Delegacia de Polícia do Guará), João Maciel, o caso ainda está na fase da oitiva das testemunhas.  “Precisamos aguardar o laudo da perícia, que irá determinar as causas da morte. Verificamos que não há sinal de luta corporal ou violência, mas não descartamos qualquer hipótese”, explica.

Para João Maciel, o mais provável é que tenha sido suicídio, pela dinâmica da queda. “Ela caiu em pé, teve fratura exposta no tornozelo, quebrou o pé na queda. Pode ter escorregado também, parece que se segurou nos grilhões e nas telhas na descida. A queda foi muito rente ao prédio. Seria difícil uma pessoa jogá-la de lá, porque  a queda seria mais afastada”, analisa o delegado.

Outra hipótese considerada pela polícia é o feminicídio.  Segundo relatos de alguns vizinhos à polícia, Rubiana estava no apartamento de um casal e teria havido uma discussão antes de um barulho, por volta de 23h de sábado, que depois soube-se tratar-se da queda dela na oficina. “O casal que estava no imóvel fugiu. Temos que ouvi-lo para entender essa queda e saber o que aconteceu.”, antecipa João Maciel. Em relação ao suicídio, há uma explicação a ser considerada, uma vez que Fabiana, mãe de três filhas e avó de um neto, sofria de depressão e passava por um processo de término de casamento que a teria abalado muito, embora já estive namorando novamente.

 

Susto na oficina

O dono da oficina, Edilson Gonçalves, 40, conta que chegou por volta de 7h50 e se espantou quando viu o corpo: “Abrimos a porta para ligar o compressor, que fica na parte de peças, e me deparei com a telha quebrada. Achei que era uma pedra que poderia ter caído por causa da obra ou arrombamento. Quando olhei para o chão, vi o corpo dentro do tanque de lavar peças. Na hora, acionei a polícia e os bombeiros”.

O namorado de Rubiana garante que ele, a família e amigos dela não imaginam o que pode ter acontecido e nem porque ela estaria no apartamento de onde caiu.