Um dos maiores gargalos do trânsito no Distrito Federal, que afeta diretamente o morador do Guará, está dando mais um passo para ser resolvido. A Secretaria de Infraestrutura está tomando as últimas providências para a conclusão do projeto, que teve que passar por alterações para se adequar às novas Normas Brasileiras de Concretagem, e a liberação de recursos para a duplicação da via entre o Guará e o Núcleo Bandeirante. A obra vai custar cerca de R$ 33 milhões, recursos provenientes da segunda parte do empréstimo de R$ 550 milhões do Banco do Brasil ao GDF para investimentos em obras.
A duplicação da via chegou a ser anunciada para começar no Governo Agnelo, mas não deu seguimento, mesmo depois do projeto ter sido concluído pela Novacap (mostrado em reportagens do Jornal do Guará) e o anúncio da liberação de empréstimo junto ao Banco do Brasil. Na época, o projeto inicial previa custo de R$ 45 milhões, mas está sendo reduzido para cerca de R$ 33 milhões, com as interferências no trajeto e nas chamadas “obras de arte” (ponte, viadutos e túneis).
Mas, antes de licitar a obra, a Secretaria de Infraestrutura terá que contratar as alterações do projeto original, que, além dos novos cálculos de concretagem estipulado pela ABNT, vai trocar o viaduto previsto sobre a linha férrea, ao lado do Lar dos Velhinhos, para um túnel. “Além de exigir um custo maior, o viaduto teria que ter uma altura mínima de 6 metros, por causa da passagem do trem”, explica o secretário de Infraestrutura, Antonio Raimundo Coimbra.
Demanda vai aumentar
Com a duplicação, o governo se antecipa na resolução de um problema que se ampliaria com a ocupação da Cidade do Servidor, onde serão assentadas cerca de 10 mil pessoas nos 700 lotes que foram licitados pela Terracap e nos 805 lotes entregues às cooperativas habitacionais.
Mesmo antes dessa ocupação, o percurso entre o Guará II e o Núcleo Bandeirante e Park Way, de apenas dois quilômetros, chega a consumir até 40 minutos no final da tarde, no período entre 18h e 19h. Sem investimento na ampliação da via e a ocupação da Cidade do Servidor, o gargalo certamente seria muito maior.
A pista do Guará até a ponte sobre o córrego Vicente Pires é dupla, mas afunila quando passa a ser simples a partir da ponte até o acesso à ligação com o Park Way, entre a antiga estação ferroviária e o Lar dos Velhinhos. O congestionamento nas horas de maior movimento nesse trecho começa no Polo de Moda e vai o até a intersecção com a via entre Park Way e Arniqueiras, sentido Águas Claras.
A ampliação anunciada prevê a construção de uma nova ponte, a construção de mais uma pista dos dois lados da via na parte do Guará,e a duplicação e a construção de um viaduto em frente à QE 32 e um túnel na ligação com Park Way/Arniqueiras.
Trânsito piorou
No governo Arruda, o então administrador do Park Way, Antônio Girotto, pensando em facilitar o acesso às quadras 3 e 4 daquela Região Administrativa, resolveu abrir uma passagem sobre a linha férrea, o que tem provocado grandes engarrafamentos todos os dias na via. A nova passagem sobre os trilhos criou uma nova rota para quem vive nas quadras 3 e 4 do Park Way, em Arniqueiras e Águas Claras, passando por dentro do Guará. Mas, a quantidade de veículos que tenta passar pelo acesso é muito superior à capacidade das vias, causando enormes congestionamento nos horários de pico, com reflexos até na via contorno do Guará II em alguns momentos.
Há cerca de dez anos, o Jornal do Guará vem levantamento o assunto através de reportagens e cobrando dos sucessivos governos uma solução para o problema, mas as providências andaram muito lentas ou esbarraram na falta de vontade política dos governantes. No ano passado, a deputada distrital Telma Rufino (PROS), representante de Águas Claras, anunciou que havia negociado com o governador Rodrigo Rollemberg a retomada do projeto, mas, somente agora é que o projeto deu um paso mais importante. De acordo com a previsão do secretário de Infraestrutura, Antonio Coimbra, a obra deverá ser concluída até o final de 2019.
Duplicação Guará-Núcleo Bandeirante em 2018
Secretaria de Infraestrutura terá que fazer adaptações ao projeto, mas recursos estão garantidos. Licitação deve acontecer até julho