Duplicação Guará-Núcleo Bandeirante em 2018

Secretaria de Infraestrutura terá que fazer adaptações ao projeto, mas recursos estão garantidos. Licitação deve acontecer até julho

Um dos maiores gargalos do trânsito no Distrito Federal, que afeta diretamente o morador do Guará, está dando mais um passo para ser resolvido. A Secretaria de Infraestrutura está tomando as últimas providências para a conclusão do projeto, que teve que passar por alterações para se adequar às novas Normas Brasileiras de Concretagem, e a liberação de recursos para a duplicação da via entre o Guará e o Núcleo Bandeirante. A obra vai custar cerca de R$ 33 milhões, recursos provenientes da segunda parte do empréstimo de R$ 550 milhões do Banco do Brasil ao GDF para investimentos em obras.
A duplicação da via chegou a ser anunciada para começar no Governo Agnelo, mas não deu seguimento, mesmo depois do projeto ter sido concluído pela Novacap (mostrado em reportagens do Jornal do Guará) e o anúncio da liberação de empréstimo junto ao Banco do Brasil. Na época, o projeto inicial previa custo de R$ 45 milhões, mas está sendo reduzido para cerca de R$ 33 milhões, com as interferências no trajeto e nas chamadas “obras de arte” (ponte, viadutos e túneis).
Mas, antes de licitar a obra, a Secretaria de Infraestrutura terá que contratar as alterações do projeto original, que, além dos novos cálculos de concretagem estipulado pela ABNT, vai trocar o viaduto previsto sobre a linha férrea, ao lado do Lar dos Velhinhos, para um túnel. “Além de exigir um custo maior, o viaduto teria que ter uma altura mínima de 6 metros, por causa da passagem do trem”, explica o secretário de Infraestrutura, Antonio Raimundo Coimbra.
Demanda vai aumentar
Com a duplicação, o governo se antecipa na resolução de um problema que se ampliaria com a ocupação da Cidade do Servidor, onde serão assentadas cerca de 10 mil pessoas nos 700 lotes que foram licitados pela Terracap e nos 805 lotes entregues às cooperativas habitacionais.
Mesmo antes dessa ocupação, o percurso entre o Guará II e o Núcleo Bandeirante e Park Way, de apenas dois quilômetros, chega a consumir até 40 minutos no final da tarde, no período entre 18h e 19h. Sem investimento na ampliação da via e a ocupação da Cidade do Servidor, o gargalo certamente seria muito maior.
A pista do Guará até a ponte sobre o córrego Vicente Pires é dupla, mas afunila quando passa a ser simples a partir da ponte até o acesso à ligação com o Park Way, entre a antiga estação ferroviária e o Lar dos Velhinhos. O congestionamento nas horas de maior movimento nesse trecho começa no Polo de Moda e vai o até a intersecção com a via entre Park Way e Arniqueiras, sentido Águas Claras.
A ampliação anunciada prevê a construção de uma nova ponte, a construção de mais uma pista dos dois lados da via na parte do Guará,e a duplicação e a construção de um viaduto em frente à QE 32 e um túnel na ligação com Park Way/Arniqueiras.
Trânsito piorou
No governo Arruda, o então administrador do Park Way, Antônio Girotto, pensando em facilitar o acesso às quadras 3 e 4 daquela Região Administrativa, resolveu abrir uma passagem sobre a linha férrea, o que tem provocado grandes engarrafamentos todos os dias na via. A nova passagem sobre os trilhos criou uma nova rota para quem vive nas quadras 3 e 4 do Park Way, em Arniqueiras e Águas Claras, passando por dentro do Guará. Mas, a quantidade de veículos que tenta passar pelo acesso é muito superior à capacidade das vias, causando enormes congestionamento nos horários de pico, com reflexos até na via contorno do Guará II em alguns momentos.
Há cerca de dez anos, o Jornal do Guará vem levantamento o assunto através de reportagens e cobrando dos sucessivos governos uma solução para o problema, mas as providências andaram muito lentas ou esbarraram na falta de vontade política dos governantes. No ano passado, a deputada distrital Telma Rufino (PROS), representante de Águas Claras, anunciou que havia negociado com o governador Rodrigo Rollemberg a retomada do projeto, mas, somente agora é que o projeto deu um paso mais importante. De acordo com a previsão do secretário de Infraestrutura, Antonio Coimbra, a obra deverá ser concluída até o final de 2019.