Candidato a uma vaga na Câmara Legislativa pela Rede, o professor Adolpho Fuica acumula mais de 30 anos de luta pela valorização das políticas públicas ambientais e de sustentabilidade. Para exercer o que chama de mandato coletivo, Fuica apresenta propostas como uso das plantas medicinais do Cerrado na rede pública, além de alternativas inclusivas na recuperação de jovens infratores e promoção da cultura.
Formado em Geografia 85, o professor Adolpho Fuica é filho de um piloto da FAB e uma professora e costureira. Nasceu em uma família de sete irmãos. Fez sua primeira viagem para Amazônia aos 11 anos, junto com seu pai, que foi Delegado Regional da Funai, com quem conheceu diversos estados por mais de 20 anos. Logo depois concluiu a pós-graduação em Organização Espacial do Distrito Federal em 87. Posteriormente, em 1996, ingressou no mestrado em Arquitetura na Universidade de Brasília, onde fez estudos sobre as cidades ambientalmente corretas.
Adolpho Fuica possui especialização em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz entrou em 77 como Serviços Gerais e saiu como Consultor Técnico do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea) 88, no final de 89 a 93 ministrou aulas no curso de Geografia e Turismo na Upis.Trabalhou também no então departamento de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde como técnico de avaliação de risco, na década de 1990.
Quando o médico Jamil Haddad assumiu o ministério da Saúde, Fuica foi convidado para ser Diretor de Ecologia Humana e Saúde Ambiental da Vigilância Sanitária. Foram cinco anos em que ele coordenou a atuação na área, representando o órgão no Conselho Nacional de Meio Ambiente e na Comissão Interministerial para o Desenvolvimento Sustentável, que organizou a participação do Brasil na Eco-92.
Foi a partir da Eco-92 que ele começou a se engajar com destaque na política ambiental brasileira, participando da criação da Rede Cerrado de ONGs, uma das primeiras no país a atuar na luta em favor, não só do bioma da região, mas também no combate ao desmatamento da Amazônia e da Mata Atlântica. Nessa jornada, construiu importantes parcerias, com o artista e humanista Ary Páraraios.
Junto com os aliados, Fuica fundou a Rede de Educadores Ambientais do Distrito Federal, em 1993, e o Fórum de ONGs Ambientalistas do Distrito Federal e Entorno em 95. Juntamente com a professora Vera Catalão, também ajudou a criar a Escola da Natureza 96, o primeiro Centro de Educação Ambiental da Secretaria de Educação exclusivo para a área ambiental.
Também representou o Brasil na Conferência Panamericana em Washington DC (EUA), da Organização Panamericana da Saúde (OPAS), sobre Saúde e Meio Ambiente para o Desenvolvimento Sustentável. Em 1997, aceitou o convite para ser o diretor de Educação Ambiental e Articulação da Fundação Pró-Natureza, uma das ONGs mais respeitadas do país em atuação no Cerrado.
Mesmo coordenando dezenas de projetos, como a criação de reservas ecológicas para pesquisa, educação ambiental e turismo, o professor Adolpho Fuica continuava a se dedicar à sala de aula, ministrando aulas no Colégio Elefante Branco, na Asa Sul.
Uma grande conquista de Fuica foi a criação, em 1995, da Sociedade dos Amigos do Parque e Reserva Ecológica do Guará (Sapeg), da qual é o atual presidente. A luta em defesa dos parques do Distrito Federal impulsiona a vida profissional e pessoal do candidato a deputado distrital. “O meu currículo, o meu trabalho e o meu envolvimento social nesses 30 anos me habilitam a concorrer a uma vaga na Câmara Legislativa, para renovar e reciclar a política, para exercer para o bem, por meio de um processo coletivo, um mandato no Distrito Federal”, afirma.
Adolpho Fuíca
Ambientalista e professor é candidato a distrital