Ateliê Eco-Arte abre oficina de telas com elementos do cerrado

Inscrições para oficinas gratuitas começam nesta segunda. Ao todo, são 60 vagas destinadas a pessoas com deficiência e para crianças, adolescentes, adultos e idosos em situação de risco

O ateliê de Paulo Ataíde fica no SMAS, em frente ao Hípica Hall

O Ateliê Eco-Arte, no Guará, e o projeto Waldir Azevedo, na Vila Telebrasília, recebem, a partir de setembro, Oficinas Culturais Artesanais para pessoas com deficiência. São três cursos gratuitos: construção de instrumentos musicais com materiais recicláveis, artesanato com papel-machê e criação de telas e quadros com elementos da natureza como sementes, folhas e flores. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail arteocupa.oficinasculturais@gmail.com, a partir de segunda-feira (27) até 31 de agosto.
A ação é realizada pela Agenda Cultural Brasília com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC). Segundo Marcelo Fonteles, idealizador do projeto e diretor da Agenda Cultural Brasília, o objetivo é estimular o respeito ao meio-ambiente e à sustentabilidade, valorizar e difundir as manifestações culturais e artísticas, além de promover a inclusão social e a qualificação profissional.
Cada oficina terá 72 horas-aulas e será dividida em duas turmas de até 10 pessoas. Serão destinadas 30 vagas para o público em geral e 30 vagas para pessoas com deficiência. Não é necessário nenhum pré-requisito para participar das ações. As aulas ocorrerão de setembro a novembro, com turmas em dois turnos. Ao fim do projeto, serão realizadas duas exposições com as obras produzidas pelos alunos
As aulas de criação de telas e quadros com sementes, folhas, flores e pequenos frutos encontrados na natureza ficarão a cargo do artista plástico Paulo Ataíde Cavalcanti, no ateliê Eco-Arte, localizado no Guará.
O curso de confecção de instrumentos musicais com materiais recicláveis será ministrado por Dudu Oliveira, criador do Projeto Waldir Azevedo, que atua com jovens em situação de risco na Vila Telebrasília. O professor também é voluntário na Associação Brasileira de Deficientes Visuais (ABDV), oferecendo aulas de música.
Já a oficina de produção de obras com papel-machê será ministrada pela artista plástica e arte-educadora Lurdinha Danezy, que tem mais de 20 anos de experiência na área. As aulas ocorrerão no Hospital de Apoio de Brasília com pacientes em reabilitação e acompanhantes. Ela já fez exposições nacionais e internacionais e é mãe do artista plástico Lucio Piantino, que tem com Síndrome de Down.
O projeto vai contar com guia para cegos e acessibilidade estrutural para pessoas com deficiências e mobilidade reduzida. O site do projeto, desenvolvido especialmente para atender a todas as pessoas com deficiência, terá aplicativo de acessibilidade, que traduz automaticamente texto e áudio para Língua Brasileira de Sinais.