Natação ajuda no desenvolvimento de crianças com autismo

No mês do autismo, a academia Água Vida lembra os benefícios da prática de atividade física no desenvolvimento e socialização de crianças diagnosticadas com autismo

O mês de abril é lembrado pelo dia Mundial de Conscientização do Autismo, comemorado no dia dois. Diagnosticar autismo não é tarefa fácil. Cada criança é singular e não necessariamente apresenta todos os sintomas que outra tem. O Transtorno Espectro Autista é um transtorno de desenvolvimento complexo do cérebro, que pode ser diagnosticado antes do nascimento e compromete as habilidades de comunicação e interação da pessoa.

Mesmo com a variação de sintomas, existem alguns que são cruciais para o diagnóstico: o modo de se relacionar ou não com as pessoas, dificuldade na comunicação e o comportamento estereotipado ou repetitivo. Outros diagnósticos é o estresse da criança e a dificuldade de se colocar no lugar do colega.

Luciano Pulici e Tatiane Mateus, com o filho Pedro

Natação

Entre a imensa gama de atividades indicadas para o desenvolvimento das crianças com este diagnóstico, como tratamentos fonoaudiólogos e psicológicos, a natação é altamente recomentada. “Pedro pratica natação há três anos na academia Água Vida como parte de várias outras atividades que buscamos para seu melhor desenvolvimento. Ele, que também é hiperativo, acaba ficando mais calmo e tendo noites mais tranquilas após a natação, que ajuda muito também no controle de sua ansiedade”, conta o pai de Pedro, Luciano Euclides Pulici.

Sofia Camelo e o filho Lucas Camelo Boaventura

A servidora pública Sofia Camelo enfrenta os mesmos desafios com o filho Lucas, que encontra apoio na prática de natação na Água Vida. “Depois que pegamos um filho colo pela primeira vez, não imaginamos o aprendizado que ele nos trará. Com ele vem uma enorme expectativa das coisas boas que um bebê traz. Com quem vai se parecer, do que gostará de brincar, se será tímido ou extrovertido. O tempo passa e nos revela que fizemos as perguntas erradas. Conosco foi assim. O nosso segundo filho não dava as respostas comuns de uma criança. Lucas não falou no momento esperado, não brincou como uma criança brinca, coisas comuns para alguns não chamavam sua atenção”, conta a mãe. Lucas pratica natação semanalmente e além da atividade física, que também relaxa, a interação com as pessoas no ambiente da academia tem contribuído significativamente para seu desenvolvimento em sociedade. “Lucas é um menino muito amado por onde passa. O autista percebe o mundo de uma forma diferente, mas não de um jeito ruim, apenas diferente”, completa Sofia.