Dengue – Tenda do Guará adiada para início de março

Na semana passada, o Governo do Distrito Federal anunciou a instalação de mais nove tendas de acolhimento e vacinação contra a dengue para o enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti, uma delas no Guará, para até o final desta semana, 17 e 18 de fevereiro. Mas, nesta quinta-feira, dia 15, a Secretaria de Saúde reviu a previsão de instalação da tenda para a primeira semana de março, enquanto são definidos o local, os insumos e a equipe.
De acordo com o superintendente da Região Centro-Sul da Saúde, Ronan Garcia, ainda não foi definido o local de instalação da tenda na cidade, mas não deve ser nas proximidades das unidades de saúde existentes (unidades básicas de saúde (UBS) e hospital), porque essas unidades já estão fazendo atendimento aos casos de dengue.
Entre as sugestões de locais apresentadas pela Superintendência estão o terreno da futura Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em frente à Estação Guará do metrô, e as proximidades da Administração Regional, bem servidos por transporte coletivo.
Além do atendimento a quem estiver com sintomas da dengue, a tenda vai ser utilizada para a vacinação ao público-alvo formado por jovens de 10 a 11 anos. O Guará foi incluído entre as prioridades das tendas porque é uma das três regiões do DF com maior incidência de casos da doença, abaixo apenas de Ceilândia e Samambaia.

Atendimento ampliado

Atualmente, há nove tendas em pleno funcionamento nos locais com maior incidência do mosquito transmissor. Com as novas unidades, o objetivo é expandir o atendimento à população diagnosticada com a doença e afrouxar os hospitais da rede pública de saúde. Além do Guará, as tendas serão instaladas em Vicente Pires, Varjão, Gama, Taguatinga, região central do Plano Piloto e Paranoá. Ceilândia e Samambaia, que já dispõem de tendas, também serão beneficiadas e vão ganhar mais uma cada.


De olho nos sintomas

De acordo com a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, a recomendação é que o paciente diagnosticado com dengue não demore a buscar assistência médica. “Pedimos à população que, logo aos primeiros sintomas, procure um equipamento público mais próximo de sua residência; não deixem chegar ao quadro grave da doença”.
Com sintomas iniciais, o paciente deve procurar uma das 176 unidades básicas de saúde (UBSs) distribuídas pelo DF ou uma das tendas de acolhimento. Após análise clínica, a equipe médica poderá encaminhá-lo a um dos hospitais da rede pública de saúde, bem como ao Hospital de Campanha, administrado pela Força Aérea Brasileira. O Distrito Federal dispõe de mais de 500 leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) para acompanhamento em tempo integral de pacientes que desenvolverem o quadro grave da doença. Mais de 1 mil alunos das áreas de medicina e enfermagem também vão ampliar os atendimentos à população do DF.
“Estamos ampliando os acessos. Precisamos que a população nos procure assim que os sinais aparecerem”, reforçou a titular da SES-DF. “Não se pode deixar o quadro agravar com dores, vômitos que não param e temperatura muito alta, esperando dias em casa antes de buscar assistência.”
As tendas funcionam diariamente, das 7h às 19h, em estruturas montadas junto às administrações regionais. Os pacientes também podem procurar atendimento nas UBSs – 60 delas funcionam com horário estendido, sendo dez abertas todos os dias, de 7h às 19h; 49 abertas aos sábados, de 7h às 12h; e 11 abertas de segunda a sexta-feira, até as 22h.

Fluxo de atendimento
As tendas de acolhimento atendem os pacientes enquadrados no quadro clínico A e B, ou seja, casos leves. As ocorrências mais graves são encaminhadas para as unidades de pronto atendimento (UPAs) ou para os hospitais.
No local, os pacientes realizam triagem, avaliação e medicação, nos casos necessários. Durante o fluxo de atendimento, casos suspeitos realizam testes rápidos de dengue, cujos resultados duram de 15 a 25 minutos. A medicação e a hidratação intravenosa podem durar até 40 minutos.